quinta-feira, 30 de maio de 2013

Expectativa atual no controle do câncer

Há algum tempo atrás o Ministério da Saúde através do Instituto Nacional do Câncer (INCA) aplicou um projeto piloto para estudar e propor soluções relacionado a alta incidência do câncer do colo uterino. Nesse projeto foram escolhidos 5 cidades representadas regiões geográficas do Brasil. Essa proposta foi a base para criar o Projeto "Viva Mulher". Belém do Pará foi a cidade escolhida representando a região Norte do Brasil. Tal projeto era devido alta incidência do câncer de colo uterino no Brasil e com um impacto maior nos estados brasileiros de menor desenvolvimento social, econômico e cultural. Estava fechado o diagnóstico principal. E o que é pior, trata-se de doença na maioria das vezes evitável. Esse projeto foi realizado no governo  Fernando Henrique Cardoso de Melo. A Proposta era de implantar em todos os municípios brasileiro programas preventivos relacionado ao câncer do colo uterino. Houve crises e mais crises por achar que o Brasil não estava preparada para tal proposta como falta de técnicos na leitura das lâminas para diagnóstico citológico, falta de instituições especializadas no tratamento, falta de medicamentos entre tantas questões que não vale a pena comentar. Resumindo o caso, trabalho feito. Problemas encontrados e muito deles solucionados. A contribuição desse trabalho na saúde publica foram excelentes. Muitas atividades ainda precisa ser trabalhada. O projeto foi início de um projeto maior que é diminuição da incidência e mortalidade por câncer do colo uterino. Poderíamos continuar falando desse projeto. O momento atual é em comentar sobre o passado para chegar ao presente. O comentário históricos servem para acreditar na proposta da Lei Dilma dos 60 dias (lei que determina tratamento até os 60 dias após diagnóstico do paciente). Eu e todos que trabalham com saúde pública sabem da importância dessa lei. A situação não pode ficar como está. Muitas dúvidas no ar.
Em nenhum momento constatei reportagem ou pronunciamento de pessoal técnico da Fundação do Câncer, ninguém de instituições com a Fundação Ludwig de Pesquisa sobre o câncer, Hospital A.C. Camargo, Associações médicas brasileiras e principalmente as Associação de entidades filantrópicas de combate ao câncer (ABFIC), Secretarias de saúde públicas do Brasil, Sociedades médicas como a Sociedade Brasileira de Cancerologia entre tantas outras. Eu acredito que mais de 80% das instituições que prestam serviço de atendimento oncológico no Brasil estejam ligados a ABIFIC.
Outro fato que está ocorrendo na imprensa é da proposta de importação de médicos para atendimento em áreas ditas prioritárias conduzidas pelo Ministério da Saúde. Esse projeto que para mim é descabido. Sabemos quais são os problemas e estamos resolvendo (resolvendo?) de maneira paliativa e indevida. Já comentamos no blog anterior Lei Dilma no Controle do Câncer.
E para complicar o meu entendimento, Eliane Cantanhede de Brasília/Folhapress em 30/05/2013 publicou "Brasil, uma onda" sobre o PIB do Brasil com crescimento insignificante. O crescimento positivo foi para a agricultura. Houve queda na indústria e recuo no ritmo do consumo das famílias ocasionadas principalmente pela inflação que estamos vivendo. A dificuldade política comentado pela Eliane vai desde um sutil comentário das MPs de Ideli, PIB de Mantega e Bolsa Família da Caixa Econômica Federal. Não vou entrar nesses detalhes, porém queira ou não, isso tem sim a ver com todos nós.
Esse é o cenário. É irreal?
Por favor, alguém diga que estou errado em fazer esses comentários, que isso tudo é fantasia ou coincidência, pois errado ou não, serei o primeiro a ajudar nessa empreitada social e humanitária.

domingo, 26 de maio de 2013

Lei Dilma no controle do cancer

As manifestações em todo o Brasil pelo programa "Revalida" estão ocorrendo. Programa este para candidatos de outros países a exercerem o direito de usar a medicina junto aos nossos irmãos brasileiros. De acordo com as informações, quase todos os países no mundo inteiro utiliza esse meios para facilitar o exercício da medicina com a comunicação falada e escrita como também prova de conhecimento médico. Todo cidadão brasileiro está de acordo de que alguma proposta tem que ser feita. Não pode ficar como está. O que não pode acontecer é da maneira como está ocorrendo. A sociedade tem que participar e escolher meios mais eficazes no enfrentamento dos problemas culminando com proposta ideal.
Em publicação recente, os Estados Unidos da América referiu avanços na prospecção e perfuração em camadas profundas com exposição do gás xisto. Referiram também reservas em grandes proporções que pode mudar o balanço global de geração de energia. O gás xisto provavelmente irá substituir o gás do petróleo, carvão das usinas elétricas, gasolina, diesel. Esse gás, irá propor avanço tecnológico com mudanças na historia da humanidade gerando riquezas, prosperidades e novo caminho para o bem estar social. E como isso é feito? Aplicando tecnicamente os seus conhecimentos e discussão com a sociedade virá na hora certa impondo sempre o lado técnico.
E o que ocorre com o nosso pré-sal? Ainda não estamos nos beneficiando do petróleo e as brigas pelo benefícios não param. E as nossas estradas, fazem o que? Que custo nos temos? E os Estados brasileiros exportadores de minérios, se  beneficiam de que? Que estrategias nós temos para comparar com o povo norte americano? Aonde é que entra a Lei Dilma do controle do câncer? A saúde pública está tão organizada quanto políticas comerciais do petróleo e minérios? O que devemos priorizar?Saúde é resolvido com assinatura de decreto ou lei? Tem "dezenas" de questões a serem tratadas e continuamos aguardando soluções.
Evidentemente que eu não tenho resposta. Também, radicalmente eu sou a favor de que as "coisas" não pode ficar como estão Medidas tem que ser feita o mais breve possível.
O cenário atual relacionado com a saúde é interessante, vejamos abaixo.
Voltando para o projeto Revalida, que para mim, vai além dessa questão de revalidar o diploma médico. O Ministério da Saúde propôs  recrutar médicos estrangeiros para atendimento em áreas prioritárias, como periferias das cidades e municípios distantes. A minha preocupação (entre tantas) é que sabemos, que em determinada área, o médico não chega pelo acesso difícil e segurança pública inexistente local(assalto é o mais importante entre outras agressões). Vocês já imaginaram problemas no Itamarati para resolver essas questões junto aos países conveniados? Muitos dirão que isso não é problema. É fácil, é só pagar seguro de vida. É isso? Tenho certeza que ninguém levou esse fato a ser questionado.
Os fatos levantados pela ausência de profissionais nesses lugares são por não haver infraestrutura adequada. Não há insumos suficientes nas grandes cidades, imagine no interior e periferia das cidades. E, equipamentos, como tratar? Essas pessoas a serem atendidas, são de categoria inferior quando comparadas com as populações das capitais? No Rio de Janeiro (cidade mais linda do mundo) existe local que o Estado não está presente, imagine em outros lugares. Ou vai acontecer ao contrario, essas populações ficarão melhor atendida?
Qual o caminho ideal? Em primeiro lugar ouvir o Conselho Federal de Medicina, sociedades organizadas e principalmente cobrar do gestor municipal e estadual um "olhar eficiente" do SUS e atender o que é óbvio, como em tornar o Estado mais próximo do cidadão caminhando e ajustando  regras existentes e criando outras como implantação de serviços (convênios) de Universidades junto aos interiores e comunidades afastadas dos centros mais desenvolvidos. Criar meios para que as prefeituras garanta permanência de médicos no interior (salário seguro e permanência destes independente de mudanças políticas). Fazer com que o próprio Ministério da Saúde ajustasse proposta a outros ministério como a de educação, viabilizando obrigatoriedade na interiorização da saúde universitária. Que conversasse com o Ministério das Cidades entre tantos outros ministérios. Que o Governo Federal não aplicasse recursos para áreas como foi aplicado e mal aplicado na Copa do Mundo no Brasil (atendendo exigências absurdas como em escolher sedes que vão ser uns verdadeiros elefantes brancos sem tradição futebolística quando comparado com outros centros como o Pará como exemplo)
E a Lei Dilma, no controle do Câncer? Eu não sei o que vai acontecer. Sei que veio em boa hora. Sei também que será início de um novo projeto de vida. Sei que muitas dificuldades existirão e que precisamos de pessoas comprometidas e competentes para solucionar problemas antigos.