domingo, 14 de fevereiro de 2010

Tabagismo. O Haiti que (não) conhecemos

Tive conhecimento que o consul geral do Haiti em São Paulo comentou dizendo que a tragédia ocorrida no Haiti tinha sido boa, pois  o mundo todo prestaria atenção neles. Muito sofrimento para ter coragem de fazer tal comentário.
E com relação a nós, também será preciso um terremoto na nossa vida para nós despertar sobre os malefícios do tabaco? As doenças do tabaco são mais conhecidas do que as causas (pobreza) haitianas, não são? E porque alimentamos esse vício?
Particularmente, como ex-fumante pertenço a uma geração  de que fumar (época da adolescência) era bonito e charmoso. Nessa época para me exibir ao sexo oposto tornava-se necessário também me exibir com carteiras de cigarro. Época da ignorância? Época do egoísmo? Essa época permanece até hoje com algumas pessoas, não é? Voltemos ao passado para um melhor entendimento. Há mais de 2.500 anos atrás os nossos índios aqui na Amazonia já fumavam. Fumavam por achar que o fumo tinha propriedade curativa. Essa informação atravessou fronteiras e a fumaça do cigarro também foi prescrita na Primeira Grande Peste. Jean Nicot, arquivista frances introduziu as folhas do tabaco em úlceras varicosas. Alguns anos depois, congressistas americanos se exibiam com escarradeiras individuais. Quanto mais importante o congressista, mais sofisticada era as suas escarradeiras. São muito os fatos do desconhecimento na época. Porque permanece até hoje? Como podemos explicar que nesse filme atual da VIDA, médicos, professores e outros profissionais tem destaque como ator principal nesse filme intitulado por mim de "suicídio humano"?
Durante séculos poetas, cientistas, atores, professores defendiam e outros criticavam o uso do tabaco. Séculos de discursão. Hoje a realidade é outra. Hoje, até mesmo os fumantes sabem sobre o poder maléfico do cigarro. Não há mais esse tipo de debate. Tenho curiosidade em saber sobre o pensamento do não fumante dobre o fumante. Está havendo discriminação?
O tabagismo é problema de saúde pública, portanto torna-se problema de todos nós. Qual o nosso papel nessa história da vida? Qual o papel dos fumantes? E dos não fumantes?
José Gomes Temporão, Ministro da Saúde comentou recentemente que o preço do cigarro no Brasil é um dos mais baratos do mundo, justificando tirar recursos da indústria do fumo para a saúde. Para mim, essa saúde tem que estar ligada a educação e em cuidados a cessação de fumar. Sem educação não iremos a lugar nenhum. Tem que haver meios de melhor trabalho junto aos poderes executivo, legislativo e judiciário.
Quanto a nós, devemos tratar a educação como condição vital para o sucesso de proposta de vida melhor. Devemos incentivar inclusão curricular sobre tabagismo em todos os níveis de educação como biologia, historia, economia, direitos humanos entre tantas outras. Devemos também ser ousado e estimular concursos de desenho e frase, cherges, salão de artes, campanhas educativas...
Hoje, muitas conquistas sobre o direito em respirar livre de contaminação tabágica é devido aos jornalistas.