quinta-feira, 26 de julho de 2012

valorização da vida no controle do câncer

Como podemos valorizar a vida e ter sucesso no controle do câncer?
Todos irão entender com a evolução desta reportagem. Vejamos o nosso relato.
Certo dia, um paciente com idade acima dos 75 anos de idade, esteve no meu consultório no final da manhã pedindo prioridade de atendimento junto as atendentes de consultório. Os pacientes que aguardavam sua vez concordaram com o pedido. Fato esse relatado a mim, justificando mudança na ordem de chamada dos pacientes.
O senhor aparentava uma certa preocupação que na consulta era era o  seu principal problema. Aparentava tranquilidade e que tinha aparência de uns 60 anos de idade, embora tivesse 75 anos. Cabelos prateados e volumoso. Sorriso aberto com transmissão de paz interior me contagiava qualquer pessoa.
Curioso como sou, fiquei sem entender a prioridade, pois muitos dos presentes também estavam doentes e tinham idade acima dos 60 anos. Perguntei o motivo dessa prioridade. Ele me respondeu:
Eu ainda vou a uma casa de idosos que a minha mulher está hospedada para tomar café da manhã com ela.
Como notou a minha reação demonstrado em ficar sem entender o seu relato. Ele finalizou  dizendo que tomava café da manhã todos os dias com a sua eterna namorada e que nos últimos 6 anos, esse café da manhã era muito especial. Ele complementou dizendo que a esposa estava hospedada nessa casa por oferecer uma vida melhor do que estar com ele. Ela estava com mal de Alzheimer.
Continuei a perguntar, questionando dizendo que estava tarde demais para o café da manhã.
Ele respondeu que sim, e que a Izabelzinha não tinha noção do tempo, como também já não me reconhecia há mais de 3 anos.
Eu sorri e dei uma grande abraço nesse meu paciente e ser humano especial.
Ela não está reconhecendo esse senhor. Isso tem pouca importância. O importante é que ele sabe que é ela. E que ela é especial para ele.
Isso é um reconhecimento do valor da vida?
Quais são os nossos valores? Como podemos mensurar valores semelhantes a esses que podem ocorrer conosco?
Como podemos transferir parte desse sentimento para as nossas coisas do nosso dia a dia?
Precisamos valorizar experiências com investimento maior na nossa área de atuação. Precisamos ser nos mesmos, com compromisso de humanizar melhor as nossas vidas. Enfim, somos passageiros de uma mesma viagem.
Voltamos a questão abordado no início desse relato. Como podemos valorizar a vida e ter sucesso no controle do câncer?

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